Thomaz Albornoz Neves não tem "aquele" sobrenome complicado (o meu...) mas também é do clã dos Ellwanger, que dentro de 7 anos completará 200 anos de Brasil.
O importante mesmo é que escreve alta poesia, sintetizada agora neste lançamento cuidadoso-quase-carinhoso, onde entorna 33 anos de lavor e percorre desde sua paisagem fronteiriça e marítima , até rincões em bairros onde viveu, da Glória carioca a algum suburbio siciliano.
Espelho da alma, visão do cosmos numa toca de mulita, imensidões soldadas em mínima linguagem na tradição de Octavio Paz, a vida e a morte no fio de navalha do fazer poético: deste barro se cozinha a ceramica do Thomaz.
Filho do poeta, médico e compositor santanense Getulio Ellwanger Neves, neto de Lira Ellwanger, seu bivô Guilherme (a quem conheci aos 7 anos de idade) foi o irmão querido do meu vô Jacob, e que, por caminhos nunca antes suspeitados, migrou de Candelária para Livramento. Entre tantos laboriosos "ervângui", seguem alguns entoando a canção das cigarras.
Tempos que seguem, Thomaz.
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