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Mostrando postagens de março 15, 2009

Conversa com J. Secundino

.........................................                               Encontrei Thomaz Guilherme, meu amigo de infância , na arborizada casa onde mora e que pertenceu ao seu bisavô paterno, no centro de Sant' Ana do Livramento, entre os dias 14 e 21 de agosto de 2004. Gravei três sessões de entrevistas e as editei para a publicação comemorativa dos vinte anos de O Gato Viúvo, uma revista poética bilingue local criada por Thomaz no verão de 84. Thomaz Albornoz Neves vive hoje com Graciela , para quem escreveu os versos do seu primeiro livro, Renée , também no início dos anos 80. O casal tem dois filhos, quatro cachorros e duas gatas. I 14 de agosto de 2004 Sobre o que escreves? Já tive mais interesse em teorizar o que faço. Me custa construir um sistema fechado de pensamento sobre o que quer seja. Penso intuindo, em colage...

"Exílio. O poema quântico". por Juva Batella

Os poemas que compõem o grande poema que se lê em Exílio não são narrativos; funcionam, antes, como fragmentos, e não como etapas ou camadas. A poesia de Thomaz Albornoz Neves não é, portanto, do tipo retórica ou esparramada, e compõe-se num espaço textual tão conciso, que o leitor — não tendo para onde fazer correrem os olhos — deve permanecer onde está, com o olhar virado para si e tentando, dentro de si, encontrar, neste espaço privado, uma equivalência pessoal para o jogo de espelhos de outro espaço privado: o espaço do poeta, ou, antes, do olhar do poeta sobre o mundo, sobre o seu fazer poético e ainda sobre o seu próprio olhar acerca deste fazer. A poesia de Thomaz Albornoz Neves não é fácil de se ler às pressas. Lendo-a às pressas, ela nos escapa. Ler poesia, em geral, não é fácil. É, antes, um movimento que caminha contrário à automatização que se ganha com o tempo e com os tempos dedicados à leitura de prosa — este correr de olhos em que saltamos de uma palavra à outra, rec...