Se “todo livro importante é livro de exílio”, conforme advertiu Edmond Jabès, Thomaz Albornoz Neves seguiu o conselho à risca: toda a sua obra – ainda que pequena e nascente – é literatura de exílio. Eis um jovem autor que se destaca entre seus pares, em decorrência do rumo escolhido. Albornoz é um poeta fora dos eixos urbano e literário brasileiros. Bom que o seja. Afinal, sua força reside nisso: na busca da diferenciação, através da opção por um percurso que nada tem a ver com a tradição lírica nacional. De fato, Thomaz pertence à estirpe de poetas como Valéry, Cavafy, Seferis, Montale ou Ungaretti. “Sol sem imagem” (Editora Topbooks, RJ), é o terceiro livro do autor, que já publicou, anteriormente, “Renée” (1987) e “Poemas” (1990), em edições independentes de pouca ou nenhuma circulação. A obra atual reúne os trabalhos pregressos (revisitados, “por supuesto”) e apresenta ainda alguns poucos poemas inéditos, escritos especialmente para este volume cuja a qualidade gráfica nada ...
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