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Mostrando postagens de outubro 23, 2011

Sobre Getúlio Neves, poeta.

Em um comovente elogio à memória do seu amigo, o poeta alegretense Laci Osório, meu pai conta que começou a escrever poesia por ter sido desafiado. Conhecera Laci declamando O Trigo – uma das suas mais belas poesias – no Instituto de Radiologia do Dr. Hugolino Andrade, na década de 70. A sala do Dr. Hugo, nesse tempo, era uma espécie de oficina freqüentada à diário por seus amigos daqui e pelos que estavam de passagem na cidade para discutir política, atualizar fofocas locais e, eventualmente, medicina. Laci, notando o interesse demonstrado por meu pai, ficou de passar pelo seu consultório, o que fez naquela mesma tarde. Ele vendia, na ocasião, enciclopédias, dicionários, publicações de arte e obras literárias. Mostrou também alguns poemas em gravuras e livros da sua autoria, modestamente e sem maiores comentários. Começava assim uma relação que teria um papel relevante na vida do meu pai. O médico da província e o poeta comunista foram amigos até a morte deste, ocorrida ma

Resteva, poemas de Getúlio Neves