A greve é um direito. Quanto a isso não há margem para discussão. E sempre será política, não sejamos ingênuos de esperar que a paralisação seja motivada por razões técnicas. A reforma da previdência, por exemplo. Ela será convocada pela oposição e sua adesão dependerá do grau de indignação da sociedade com o contexto do país. Grevista não é vagabundo, é cidadão. Os interesses de parte à parte estão claros. Os argumentos, nem tanto. As forças políticas em ação tratam o povo como gado que, igual gado vale quanto pesa, e é tocado de um lado ao outro. A situação defende o mercado, a oposição a quem defende? Defendemos os explorados, dirá a esquerda, hoje enfim identificada com a causa. Defende mais a saudade da revolta, a volta à luta, companheiros, contra a opressão. Porém, que sentido tem discutir a reforma da CLT sem enfrentar o tamanho do Estado, a corrupção suprapartidária e a falência do sistema eleitoral, a sangria dos recursos públicos, o...
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