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Mostrando postagens de julho 22, 2018

Algo sobre o poeta

                                                                                         para Juan e Santiago Nasci em Sant’Ana do Livramento  e aqui cresci um pouco raiz boiando na água Nunca pude intuir ao certo quem eu sou, nem de quem venho Não sei, entre os meus maiores, quanto trago de Belchior, de Tauro ou de Blondina Até certo ponto é como se eu fosse recém-chegado Ou mesmo anterior a eles Moro no chalé dos meus bisavós e que será dos meus filhos A conta da luz ainda vem em nome de Dorval Brites Neves há décadas falecido Do pouco que possuo e se pode avaliar sou apenas um fiel depositário Compro tempo e o alongo, é o que faço Sempre pensei que o fruto de qualquer trabalho deveria durar mais que minha vida Entre os lugares aos quais pertenço conto a Coxilha Negra - para os castelhanos “de Haedo” - Um repecho da Barão do Triunfo  e um vale no Rincão da Carolina Mas são todos lares em trânsito, como se eu vivesse de visita