14 julho 2019
I
I
Aqui, diante da inclusão dos mais pobres na reforma da previdência, me pergunto sob qual cálculo humano se justifica sequer cogitar diminuir do que não existe?
II
Dois acontecimentos de relevância nos últimos dias refletem nossa mentalidade política. O primeiro foi a derrota acachapante da esquerda na votação da Reforma da Previdência. A questão não incide apenas na desarticulação da oposição. Essa é a consequência. A causa remete à insistência em afirmar que o impeachment é golpe, Lula é preso político, Venezuela é democrática e o Partido dos Trabalhadores é dos trabalhadores... Todo o pegajoso ranço ideológico da patrulha transformando fatos em versões...
A segunda notícia vem do Executivo. Bolsonaro quer nomear o filho embaixador nos EUA. Se isso não demonstra o retardo emocional do Presidente aos seus seguidores, nada o fará. Nada mesmo. E digo emocional porque a medida é tão absurda que impede considerações sobre inteligência. Parece um teste de fidelidade. Se são capazes de me apoiar nesse absurdo aqui, estão mesmo comigo! E não discutamos nepotismos, a segunda turma do STF diz que nomeação ao primeiro escalão não configura sic apadrinhamento. STF! Que pompa, hein, seus juízes...
III
Então meus amigos. Eu sigo tomando bordoadas a torto e direito, destra e sinistra. Vou esclarecer. Não existe lado bom. Vocês aí que pensam estar do lado certo. Se estão em um lado, é o lado errado. Porque o que é certo, certo é, não tem lado. O resto é bando lutando pelo poder.
Comentários