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Marinha XII







Entardece e voltamos da enseada


pelo mesmo galgo de ontem no ancoradouro


Sua pose de esfinge ao vento


Se não olhamos sentimos as dunas sendo levadas pelo tempo


Da varanda o horizonte igual parece ir de passagem


À luz das brasas rebrilha o biombo de pano leve 


e o oceano dura em nós ainda no caor do sol na pele


Por que se escreve?






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